E fala a mais pura verdade...
Nasci em Crixás/GO, infelizmente a minha mãe biológica, foi morar com Deus, devido doença de Chagas. O meu pai obedecendo a um pedido da mamãe, nos levou para o Nordeste e fomos criadas em Monteiro/PB, por uma tia materna, d. Delfina. Que em meio a tantas dificuldades, nos deu uma vida simples, mas digna. Fazia de tudo para não nos faltar o pãozinho de cada dia. Quantas vezes a gente acordava de manhã, ela ainda estava cochilando sobre a máquina de costura, desde a noite anterior. Foi tão humilhada por muitos da nossa família, que sempre tiveram uma situação financeira bem melhor do que a dela, contudo foi respeitada por muitos e sempre muito querida. Ela foi e é a nossa mãe. Recebeu uma escadinha de crianças de uma tacada só, rsrs. A minha irmã mais velha tinha 8 anos, as demais, 6, 4 , 2 e eu 3 meses. Imaginou, essa adoção de uma hora pra outra? Misericórdia!!! Era criança demais, problemas demais, tudo era demais. E ela ali, sempre firme, forte, sábia, protetora, MÃE, às vezes rígida, quando era necessário. Tanta coisa nos ensinou, entre tantas, a de sermos pessoas corretas, sensatas, justas, fiéis,a andarmos sempre no caminho correto, a nunca querermos o que é do outro ou sermos o que não éramos. Nos ensinou a termos comunhão com Deus, desde criança. Bíblia era lida sempre. Ai ai, se não fôssemos à igreja...
Quando Deus criou as MÃES...
No dia em que o bom Deus criou as mães (e já vinha virando o dia e noite há seis dias) um anjo apareceu e disse:
- Por que tanta inquietação por causa dessa criação, Senhor?
E o Senhor respondeu:
- Você já leu as especificações desta encomenda? Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico; deve ter 180 partes móveis e substituíveis; funcionar à base de café e sobras de comida; ter um colo macio que sirva para matar a fome das crianças; um beijo que tenha o dom de curar qualquer coisa, desde perna quebrada até namoros terminados... e seis pares de mãos.
O anjo balançou lento a cabeça e disse:
- Seis pares, Senhor? Parece impossível!
- Não é esse o problema, disse o Senhor. E os três pares de olhos que as mães tem que ter?
E o anjo indagou: - O modelo padrão tem isso?
O Senhor assentiu.
- Um par para ver através de portas fechadas, para quando se perguntar, que é que as crianças estão fazendo lá dentro (embora já o saiba); outro par na parte posterior da cabeça, para ver o que não deveria, mas precisa saber. E naturalmente os olhos normais, capazes de fitar uma criança em apuros e dizer-lhe: Eu te compreendo e te amo, sem proferir uma palavra.
- Senhor, disse o anjo, tocando-Lhe levemente na manga, é hora de dormir. Amanhã é um novo dia...
- Não posso, replicou Deus, está quase pronta. Já tenho um modelo que se cura sozinho quando adoece, consegue alimentar uma família de seis pessoas com meio quilo de carne moída e convence uma criança de nove anos a tomar banho.
O anjo rodeou vagarosamente o modelo de mãe.
- É muito delicada, suspirou.
- Mas é resistente, respondeu o Senhor entusiasmado.
- Você não imagina o que esta mãe pode fazer ou suportar.
- E ela pensa? indagou o anjo.
- Não apenas pensa, mas discute e faz acordos, explicou o criador.
Finalmente, o anjo se curvou e passou os dedos pelo rosto do modelo de mãe.
- Há um vazamento, retrucou.
- Não é um vazamento, disse Deus, é uma lágrima.
- E para que serve? indagou o anjo.
- Para exprimir alegria, tristeza, desapontamento, dor, solidão, orgulho.
- Vós sois um gênio, disse o anjo.
Mas o Senhor ficou melancólico.
- Isso apareceu assim, naturalmente; não foi eu quem colocou nela...
(Autora: Erma Bombeck)
Um beijo para as mamães queridas, todo dia é o seu dia...
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