Pra quem não conhece, Beberibe é um bairro em Recife/PE. Antes de falar dessa passagem , vou fazer um breve/longo resumo de como cheguei lá...
Em 1993, estava eu concluindo o curso de Magistério, no Colégio das Lourdinas em Monteiro/PB. Conheci a Irmã Maria Solange ( Soró), muito autêntica, revolucionária, exemplo de religiosa, muitos a achavam louca, por sua irreverência, suas gargalhadas altas, mas com certeza, Deus sabia por que aquela religiosa agia daquela forma. Fez-me o convite para uma experiência nada fácil, passar um ano no convento em Beberibe, Olinda/PE. Jovem com 18 anos, muitos planos, muitos sonhos, insegurança a mil, indecisão à tona; minha mãe tinha o sonho de ter uma filha religiosa e lá vou eu , viver essa experiência pra deixá-la feliz, ou por certo, nem eu mesma sabia o que queria.
Tinha prestado vestibular em Campina Grande/PB, para desenho industrial, deixei tudo para trás e lá vai a Conceição pra Beberibe. Chegando lá com outras 6 jovens ( Martinha, Francisca, Socorro, Francicleide, Albanise, Ednalva e eu) , no mesmo barco, desorientadas, assustadas, querendo entender o que realmente fomos buscar lá...
De uma coisa tínhamos em mente: queríamos seguir a Jesus de forma única, deixando tudo para trás, sonhos, namorados, matrimônio, nossa vida.
Lembro-me que no primeiro dia, a casa me assustou de tão grande que era. Tinha 5 quartos, 5 banheiros, sala de jantar enorme, com 3 mesas enormes, em cada uma cabiam 16 pessoas, um cachorro enorme no quintal. Pensei: "Meu Deus, o que é que vim buscar aqui?".
Bom, os dias passaram-se e fomos nos acostumando umas com as outras, cada uma com sua cultura, seus hábitos e costumes, porque vinham de outros estados. Conseguimos ser felizes com as irmãs, com as aspirantes( era o título dado às jovens que aspiravam ter um encontro real com Cristo e seguí-Lo perpetuamente).
Irmã Ivone de Aguiar era a nossa formadora, muito querida por todas nós. Era muito engraçada! Aprendi demais com ela...
Lembro que várias vezes, quando tinha algo pra ser decidido, perguntava-lhe o que iríamos fazer, ela já respondia : - Vou rezar, depois eu decido.
Vivenciamos muitos momentos engraçados, muitos momentos de aprendizagem e muitos momentos difíceis também, mas todos serviram para nosso crescimento espiritual.
Uma frase da Irmã Ivone para conosco era a seguinte : "Estou formando vocês, não só para serem boas religiosas, mas para serem boas cristãs."
Irmã Graça era a cooperadora da Irmã Ivone. Lembro de cada ensinamento, cada explicação, de cada passeio, de cada hora de lazer, de cada receitinha básica, onde aproveitávamos tudo e ficava uma delícia. Até hoje não consigo comer geléia de pitanga, rsrs, de tanto que comemos lá.
Lembro também, de cada vez que chorava, querendo ir pra casa, das horas de sufoco à noite, quando alguns ladrões rodeavam a nossa casa. Foi difícil...trocávamos a noite pelo dia, mas era tudo muito engraçado depois que o sufoco passava, é claro! rs
E no decorrer do ano, fomos conhecendo algumas pessoas da igreja, alguns jovens, que eram os nossos canos de escape. O contato com eles, deixava-nos mais jovens. Eu, a Martinha e a Albanise, ficamos com as turmas de batismo e crisma.
QUE SAUDADE!!!!
Era muito bom quando chegava o sábado à tarde e íamos pra casa dos Jesuítas dar aulas aos jovens. Ah, tinha a Nega que nos ajudava, o André, o Jair. E foi lá nesse bairro, que conhecemos uma turminha legal, nem imaginavam o bem que nos faziam...Posso até citar alguns nomes que lembro e que ficaram gravados no meu coração: Micheline ( não fazia parte da crisma, mas tornou-se a minha amiga de Recife nº1, Reinoní ( meu afilhado querido, preparei-o para Batismo, Crisma e 1ª Eucaristia), Suzy, Patrícia, Nivaldo, Elizana, João, Cláudia, Renata, Mirtes, Adriana, entre outros, que no momento não lembro o nome, mas estão na minha mente e no meu coração. Lembro-me ainda, do último dia que estávamos reunidos na igreja, que tristeza, saber que logo em breve, não os viria mais, pois , de lá iríamos de férias para nossas casas e depois para o Postulado em Fortaleza. E foi assim...guardei um pouquinho de cada um. A alegria jovial deles, me ajudou a superar a saudade da minha mãe, das minhas irmãs e dos meus amigos...Foi uma experiência e tanto, cada religiosa, padre ( Pe. Mariano), jovem, amigo que lá conheci, deixou um pouco de si, uns mais carinhosos, outros mais rudes, mas todos especiais. Aprendi muita coisa que uma jovem precisa, seja na administração da casa, das finanças, de horários, uma série de fatores, que nos ajuda a sermos seres melhores.
Aqui quero deixar o meu agradecimento e afeto a cada um que, um dia me conheceu lá em Beberibe e fez parte desse período, no qual, percebi que, o que realmente importa é deixar a nossa vida nas mãos do Grande Eu Sou , na certeza que Ele mostrará o caminho certo a ser seguido. VALEU!!!!!!!!!
Tinha prestado vestibular em Campina Grande/PB, para desenho industrial, deixei tudo para trás e lá vai a Conceição pra Beberibe. Chegando lá com outras 6 jovens ( Martinha, Francisca, Socorro, Francicleide, Albanise, Ednalva e eu) , no mesmo barco, desorientadas, assustadas, querendo entender o que realmente fomos buscar lá...
De uma coisa tínhamos em mente: queríamos seguir a Jesus de forma única, deixando tudo para trás, sonhos, namorados, matrimônio, nossa vida.
Lembro-me que no primeiro dia, a casa me assustou de tão grande que era. Tinha 5 quartos, 5 banheiros, sala de jantar enorme, com 3 mesas enormes, em cada uma cabiam 16 pessoas, um cachorro enorme no quintal. Pensei: "Meu Deus, o que é que vim buscar aqui?".
Bom, os dias passaram-se e fomos nos acostumando umas com as outras, cada uma com sua cultura, seus hábitos e costumes, porque vinham de outros estados. Conseguimos ser felizes com as irmãs, com as aspirantes( era o título dado às jovens que aspiravam ter um encontro real com Cristo e seguí-Lo perpetuamente).
Lembro que várias vezes, quando tinha algo pra ser decidido, perguntava-lhe o que iríamos fazer, ela já respondia : - Vou rezar, depois eu decido.
Vivenciamos muitos momentos engraçados, muitos momentos de aprendizagem e muitos momentos difíceis também, mas todos serviram para nosso crescimento espiritual.
Uma frase da Irmã Ivone para conosco era a seguinte : "Estou formando vocês, não só para serem boas religiosas, mas para serem boas cristãs."
Irmã Graça era a cooperadora da Irmã Ivone. Lembro de cada ensinamento, cada explicação, de cada passeio, de cada hora de lazer, de cada receitinha básica, onde aproveitávamos tudo e ficava uma delícia. Até hoje não consigo comer geléia de pitanga, rsrs, de tanto que comemos lá.
Lembro também, de cada vez que chorava, querendo ir pra casa, das horas de sufoco à noite, quando alguns ladrões rodeavam a nossa casa. Foi difícil...trocávamos a noite pelo dia, mas era tudo muito engraçado depois que o sufoco passava, é claro! rs
E no decorrer do ano, fomos conhecendo algumas pessoas da igreja, alguns jovens, que eram os nossos canos de escape. O contato com eles, deixava-nos mais jovens. Eu, a Martinha e a Albanise, ficamos com as turmas de batismo e crisma.
QUE SAUDADE!!!!
Aqui quero deixar o meu agradecimento e afeto a cada um que, um dia me conheceu lá em Beberibe e fez parte desse período, no qual, percebi que, o que realmente importa é deixar a nossa vida nas mãos do Grande Eu Sou , na certeza que Ele mostrará o caminho certo a ser seguido. VALEU!!!!!!!!!
Poxa, q lembrança boa, estou emocionado.
ResponderExcluirReinoni