segunda-feira, julho 02, 2012

"A dor do outro..."


Nessa semana fiquei feliz, quando soube que estava de férias da faculdade, que teria mais tempo pra me dedicar às coisas que me fazem feliz, me fazem bem.  E comecei a marcar passeio com os meus sobrinhos pequenos, ir ao shopping, brincar, ver um filme, ver vitrines, comprar alguma coisinha, pôr minha casa em ordem...
Já separei dois livros, que comecei a lê-los seis meses atrás e não tive tempo pra terminar a minha leitura. Marcar viagem pra ver a minha mãe , que mora no Nordeste...eita que não vejo a hora de embarcar! Todavia, essas coisas me fazem bem. Essas coisas simples, como visitar alguns familiares, amigos, saber se estão bem. Ficar mais perto das minhas irmãs e sobrinhos, já que passei alguns meses anti-social. Faz-me esquecer os problemas e renovar as minhas forças pro recomeço. Mas isso tudo não tem nada a ver com "a dor do outro", não é verdade?
Não sei se é dom de Deus ou virtude, mas me deprime quando fico sabendo que alguém conhecido, está sofrendo por alguma enfermidade. Fico num estado, como se eu tivesse que ir ao encontro daquela pessoa e dissesse : o que você quer que eu faça, pra que você NÃO SOFRA TANTO?
Sei muito bem, que todos têm que passar por aquilo que Deus permite. Não podemos transferir o sofrimento de alguns para outros, por que o outro merece mais ou não...Deus na sua Soberania, sabe a dosagem certa pra cada um. Como tive experiências tristes, de enfermidades na minha família, sei muito bem, o sofrimento dessa situação, desse momento que chamamos de pesadelo. Não entendemos o PORQUÊ...Não entendemos por que aquele ente querido, adulto ou criança, é submetido a tal coisa.
Eu queria apenas, que me abraçassem. Não calassem, não se distanciassem.
Aprendi com o que vivenciei ( e que não quero mais vivenciar), que Deus está no controle de todas as coisas e com esse sofrimento vem uma aprendizagem inagualável, que alcança, não só a ele, o acometido, mas a todos os familiares. Há uma mudança de visão vital, espiritual. As coisas fúteis, que outrora eram as primordiais, tornam-se mais fúteis do que já eram.
É nesse momento que conhecemos o valor que temos, o valor que as pessoas tem, o valor que nos é dado por essas mesmas pessoas.
Sofremos juntos, mesmo à distância. E quantas vezes esse nosso sofrimento, é mal interpretado...As pessoas confundem as virtudes das pessoas. O sentimento, aquele sentimento de tristeza, de pesar, de querer estar junto, de ajudar, é interpretado de forma errônea, que machuca.
Uma coisa que aprendi, foi que, Deus sonda o nosso coração, os nossos sentimentos. NINGUÉM, é capaz de sondá-los a não ser o próprio Deus.
Sou feliz, por ser assim, de querer estar perto nas horas difíceis, de compartilhar momentos alegres, de dar a minha contribuição na oração, na consagração, de querer saber se tudo anda bem, se seria útil, em alguma coisa. E Deus se agrada disso, por que já há muito tempo, peço pra Ele me libertar, dessas atitudes minhas. De querer sofrer junto, quando tudo não tem nada a ver comigo. Queria aprender a ficar bem longe, de ignorar, de ser ausente, de não sofrer, mas, a cada dia, acentua-se mais e mais. É como se o Senhor dissesse: Filha, eu preciso de você assim, do jeito que você é.
E na auto-avaliação, peço que o Senhor me dê sabedoria pra respeitar, aqueles que me ignoram, que me querem longe. Que realmente tire de mim, esse meu jeito e ensine-me a ser distante, para não magoar.
Fico triste quando, de alguma forma, fico sabendo que algumas pessoas, que eu pensava que fossem pessoas de Deus, as quais me sentia à vontade de falar desses momentos difíceis, que um dia passei e que essas mesmas pessoas glorificaram a Deus, simplesmente por não estarem na mesma situação. Como me senti mal sabendo disso! Fiquei enojada! Magoada demais com tudo isso. Com o passar do tempo, fiz de conta que nada sabia, pra tentar conviver bem com as pessoas. 
Mas com a graça de Deus, superei todos os momentos de perda, de calvário e foi aí que criei mais forças, pra ajudar, pra querer estar perto, por que jamais faria com alguém, o que fizeram comigo. Fazer a diferença é o meu lema. Não ser hipócrita e muito menos omissa.
Nesses momentos, o que menos queria era desprezo, desprezo da parte daqueles que diziam que me amavam em Cristo ou a glorificação a Deus, de alguns por meus sofrimentos.
Restou-me apenas confiar mais no Deus que sirvo, por que Ele sim, é quem não nos abandona, enxuga as nossas lágrimas. Coloca em nós a mente de Cristo. Uma mente sadia, na qual você olha para o outro e diz: realmente esse tem dons e virtudes dados por Deus. E não simplesmente julga-os, querendo fazer daquele outro o pior dos seres humanos. Por que quando isso acontece, são os teus olhos refletindo o que o teu coração está cheio. Vai ver sempre que o outro é cheio de maldade para contigo, mas na verdade, é o teu coração, a tua mente, que estão cheios de maldade. Segundo o Pr. Walter Brunelli : se apertar a sua mente, sai lama...
Seja livre desses sentimentos, Deus irá usar mais a sua vida, dando dons, te dando o dom da Palavra, palavras de conforto, revelações de sonhos, etc. Vai te fazer um cristão abençoado e quando passares, irão dizer : Verdadeiramente, ali vai um homem ou mulher de Deus. Pense nisso!!!
Comece a pensar coisas boas daqueles que querem te ajudar, às vezes, aquele que rejeitas, é um servo fiel, é um vaso cheio do poder de Deus. E peça sabedoria e discernimento ao Senhor, para que vejas no outro, aquilo que o próprio Deus ver nele.
Termino este post, me deixando à disposição, sempre!!!
Aos amigos ou não, que precisarem de mim, saibam que farei o que for preciso para ajudar, debaixo da bênção do Todo-Poderoso.

Um abraço fraterno!!!

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